Do Blog do Zé Dirceu
Pesquisa do IBOPE revela bons índices em relação ao outros governos...
Já era esperada uma relativa queda na avaliação pessoal da presidenta Dilma Rousseff e de seu governo após seis meses no poder. Foi o que confirmou a pesquisa CNI/IBOPE, divulgada nessa 4ª. A aprovação da forma como Dilma comanda o país passou de 73%, na pesquisa divulgada em abril, para 67%. Já, a aprovação dos brasileiros ao seu governo saiu de 56% para 48% no mesmo período.
A variação, muito explorada pela imprensa, no entanto, em nada deve à aprovação de outros governos em seu primeiro semestre de gestão. Comparando, nos governos anteriores, em pesquisas da própria Confederação Nacional da Indústria, aos seis meses de governo, o desempenho pessoal de Lula era aprovado por 70%, e o governo era considerado ótimo ou bom por 43%. Em 1995, após seis meses, o desempenho de Fernando Henrique Cardoso era aprovado por 64%, enquanto o seu governo tinha o apoio de 42% dos brasileiros ouvidos.
Flávio Castelo Branco, gerente-executivo de Política Econômica da CNI, relativizou a queda registrada na pesquisa. Para ele, a aprovação pessoal da presidenta e do governo do PT, no frigir dos ovos, permanece "bastante elevada".
"Ajuste de expectativas"
Para Branco, as alterações e a percepção após um semestre de governo equivalem tradicionalmente a um "ajuste de expectativas". "O (presidente) eleito sai com uma popularidade muito associada à sua vitória eleitoral. Ele decola de um nível muito alto", diz. "(A tendência da pesquisa) não mostra a deterioração do serviço de saúde ou da carga tributária, mas a percepção do entrevistado de que não mudou [a situação do país], quando ele tinha a expectativa de que mudaria" , avalia o representante da CNI.
O levantamento divulgado esta semana, de fato, chama a atenção para os problemas da saúde – nesse quesito, o aumento do índice de desaprovação foi de 53% para 69%. Também acende o sinal amarelo para as áreas de segurança (onde a desaprovação aumentou de 49% para 65%); juros, de 43% para 63%; e inflação (42% em abril para 56% agora). Por outro lado, é bom lembrar que o desemprego vem caindo - em junho sua taxas nas seis maiores áreas metropolitanas, segundo o IBGE, ficou em 6,2%, o nível mais baixo desde março de 2002. E, agora, o INPC do mesmo IBGE, que mede a velocidade do aumento de preços, ficou zerado em julho. Mesmo os juros – com a Selic a 12,50% - já teriam batido no teto, de acordo com boa parte dos economistas plantão.
Ponderando todos esses indicadores, a conclusão é de que o alto índice de aprovação da presidenta Dilma Rousseff e de seu governo deve se manter nas próximas enquetes. Ainda assim, não dá para relaxar. Não podemos deixar de destacar o agravamento da crise internacional, que será captado nas próximas pesquisas, assim como a ação da presidenta com relação às denúncias recentes em alguns setores do governo federal, que não foram computadas no momento da última pesquisa, realizada entre 28 e 31 de julho, depois, portanto, dos episódios que envolveram as áreas de transportes e de turismo.
"Ajuste de expectativas"
Para Branco, as alterações e a percepção após um semestre de governo equivalem tradicionalmente a um "ajuste de expectativas". "O (presidente) eleito sai com uma popularidade muito associada à sua vitória eleitoral. Ele decola de um nível muito alto", diz. "(A tendência da pesquisa) não mostra a deterioração do serviço de saúde ou da carga tributária, mas a percepção do entrevistado de que não mudou [a situação do país], quando ele tinha a expectativa de que mudaria" , avalia o representante da CNI.
O levantamento divulgado esta semana, de fato, chama a atenção para os problemas da saúde – nesse quesito, o aumento do índice de desaprovação foi de 53% para 69%. Também acende o sinal amarelo para as áreas de segurança (onde a desaprovação aumentou de 49% para 65%); juros, de 43% para 63%; e inflação (42% em abril para 56% agora). Por outro lado, é bom lembrar que o desemprego vem caindo - em junho sua taxas nas seis maiores áreas metropolitanas, segundo o IBGE, ficou em 6,2%, o nível mais baixo desde março de 2002. E, agora, o INPC do mesmo IBGE, que mede a velocidade do aumento de preços, ficou zerado em julho. Mesmo os juros – com a Selic a 12,50% - já teriam batido no teto, de acordo com boa parte dos economistas plantão.
Ponderando todos esses indicadores, a conclusão é de que o alto índice de aprovação da presidenta Dilma Rousseff e de seu governo deve se manter nas próximas enquetes. Ainda assim, não dá para relaxar. Não podemos deixar de destacar o agravamento da crise internacional, que será captado nas próximas pesquisas, assim como a ação da presidenta com relação às denúncias recentes em alguns setores do governo federal, que não foram computadas no momento da última pesquisa, realizada entre 28 e 31 de julho, depois, portanto, dos episódios que envolveram as áreas de transportes e de turismo.
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